Uma retrospectiva da formação do Sistema Político no Brasil abriu as atividades do primeiro dia de discussões. O militante da Consulta Popular Eduardo Mara enfatizou os motivos que impulsionaram a realização do Plebiscito. “Estamos vivendo a possibilidade de mobilizar forças sociais para debater um projeto de nação”, destacou ele. As consequências do atual sistema político no sertão nordestino foram frisadas pelo comunicador Omar Torres (Babá). Na noite cultural, uma jornada socialista homenageou os/as lutadores/as do povo que foram assassinados/as pela Ditadura Militar (1964-1985).
No segundo dia de curso, os/as participantes debateram a sub-representação política das mulheres e da juventude. De acordo com Erika Denise, da Marcha Mundial das Mulheres, a pauta feminista não vai avançar enquanto estiver em vigência o atual sistema político. “Temos que unificar as mulheres da classe trabalhadora para sermos representadas efetivamente nos espaços de poder”, afirma ela. Para que essa inclusão aconteça é preciso enfrentar a imposição do poder econômico no processo eleitoral. Foi o consenso do último espaço de discussão do curso, mediado por Marco Túlio, do Levante Popular da Juventude.
A perspectiva agora é criar comitês municipais, por local de trabalho, moradia e estudo, e construir uma grande votação na semana da pátria deste ano, de 1 a 7 de setembro, em que todas as brasileiras e brasileiros possam opinar se são a favor de uma constituinte exclusiva e soberana que, de uma vez por todas, modifique o sistema político em nosso país e fortaleça a democracia participativa.
Ascom Plebiscito