Esta semana um vídeo tem provocado mais alvoroço que os vídeos de Jeremias José do Nascimento ou do Pedro que ficou com o chip da menina.
Trata-se de um filme estrelado por atrizes e atores da Rede Globo com ataques à construção da Usina de Belo Monte no Pará.
A minha primeira reação foi pensar: “Peraí! O que aconteceu? Que momento da análise de conjuntura eu perdi?”
Pois indo aos fatos… Desde sempre tive, e ainda mantenho, a postura contrária à construção de Belo Monte. Sou radical nesse posicionamento.

Outra coisa: este é um governo de conciliação de classes. Não é o primeiro e nem será o último dos seus projetos que representam os interesses da burguesia nacional e internacional. Logo, não é novidade.
A Globo, por sua vez, sempre esteve e continuará a serviço da burguesia. Então o mínimo que temos que fazer é refletir sobre quais seriam os interesses escondidos aí por trás.
Creio sinceramente ser um erro cair nesse governismo cego de muitos que não podem ouvir uma crítica ao governo que começam a vociferar que “é coisa da direita”. Ao passo que não dá para cair na superficialidade de ignorar os interesses aí envolvidos só porque é uma crítica ao governo Dilma e passar a achar que os globais são revolucionários, são de esquerda, etc, e que ninguém pode falar mais nada sobre eles. Aliás, daquele grupo todo, é reconhecido o compromisso social de apenas duas delas: A Letícia Sabatela e a Dira Paes. E só.
Todo e qualquer brasileiro, mesmo os globais, possuem pleno direito de manifestar suas posições políticas. Ótimo. Mas acho fundamental sim entender o processo como um todo. O próprio movimento que assina o manifesto. Movimento Gota D’Água. Quem são? Quem banca? O que querem? Não há a menor clareza sobre essas questões. Mas desconfio que não estejam a serviço do povo brasileiro.