Morre Fausto Wolff

De repente, mais precisamente às 21h50 de ontem, os acessos simultaneos ao meu blog, via google, aumentam vertiginosamente. Procuro o termo responsavel e está la: “Fausto Wolff”.
Neste momento um frio percorre a minha espinha e penso: “morreu o velho lobo”.
Acesso o sítio do JB e esta lá… estampada a notícia. Aos 68 anos, morre Fausto Wolff. 
Fausto foi dos melhores jornalistas e escritores do Brasil. Mas esta parte objetiva de quem ele foi deixo para o links no final da postagem.
Amigos e amigas que de vez em quando frequentam o Propalando sabem o quanto já falei do velho lobo.
Primeiro com seus artigos em “O Pasquim21” e depois com seus livros, o Fausto foi muito importante na minha formação política e como ser humano. Em certa época, chegamos a trocar alguns emails. Na minha ida ao Rio de Janeiro em janeiro de 2007, acertamos (eu, Fernando Feio e Fausto Wolff) de tomar um chopp em Ipanema. Terminou não rolando.
A forma como ele mesclava uma eterna indignação perante as injustiças (até de forma agressiva, em alguns momentos) com um forte sentimento de solidariedade para com o próximo tornava os seus textos impressionantemente humanos. Sem esquecer do humor e da ironia.
Há algumas semanas terminei de ler seu último livro: A milésima segunda noite. Muito bom. Talvez não melhor que “A mão esquerda”.
Felizmente Fausto deixa uma obra importante. Não deixou mais, certamente, por falta de espaço.
Na política sempre foi brizolista de carteirinha. Apesar da sempre constante desconfiança do que seria o PT, escreve um belíssimo texto quando da vitória de Lula. Mas precisou de pouco para perceber realmente do que se tratava o governo e o Partido dos Trabalhadores.
Queria muito ter neste momento o dom da escrita para expressar melhor quem foi o Wolff!
Como diria Natanael Jebão, descansa agora aquele que além de jogador, era comunista e alcoóltra.
Leia Aqui, a última crônica de Fausto para o JB

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