“Créditos de Carbono” ou “Como Mercantilizar Tudo”

Algo me chamou a atenção na última semana. Pra falar a verdade tem um bocado de coisa chamando minha atenção ultimamente. Ainda bem. Sinal que estou distante de me acomodar… mas vamos ao objetivo da postagem.

Estou falando dos danados dos “Créditos de Carbono”. Bem grosseiramente falando, é o seguinte:
Os países desenvolvidos, depois do Protocolo de Kyoto, têm um limite “X” para emissão de gases poluentes.
Daí, inventaram uma unidade. O Crédito de Carbono, equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono. Então, os países ou indústrias que não atingirem suas metas de emissão terão que comprar “créditos” de países ou indústrias que tenham conseguido reduzir suas emissões, reduções essas também medidas em Créditos de Carbono!

Quem quiser vender os tais créditos de carbono precisam ter seus projetos aprovados pela ONU. O Brasil é o terceiro país com mais projetos aprovados pela ONU. Em segundo e primeiro lugares, respectivamente, estão Índia e China. Ressalto que este é um mercado que prevê movimentar bilhões de doláres todo ano.
De onde os brasileiros tão tirando tanta poluição, eu não sei, afinal os maiores poluidores são ELES (os desenvolvidos). Eu só sei que esta história toda me deixa encucado (tanto quanto os sabonetes SENADOR). Tudo que vira mercadoria, preocupa, e muito.

E já tem bronca por aí. A prefeitura de São Paulo está querendo leiloar créditos de carbono gerados a partir do que será reduzido em seus aterros. E qual o esquema? Nestes aterros é grande a produção de metano. E o metano é 21 vezes mais poluente que o CO2. Daí, ao queimar o metano e liberar CO2, muitos créditos são gerados. O nó é: já existem notícias que tal prefeitura está querendo aumentar os seus aterros para que gerem mais metano! Um absurdo, analisando que o lixo urbano deveria ser tratado numa outra perspectiva.

Bom, é esperar para ver novas aberrações! E eu continuo com a pulga atrás da orelha com isso tudo. Com certeza mais problemas aparecerão!

Abraço

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